quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Queria ter escrito isso, mas devo dar o devido crédito...
" Perco a consciência mas não importa, encontro maior serenidade na alucinação... É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo..." Clarice Lispector
sábado, 2 de setembro de 2006
Devaneios (questionar dói)
Minha vida num filme:
Penso nele, penso em ligar para ele, penso em não dever ligar para ele. Emocionada. A janela está fechada. Chove um pouco lá fora. O quê teria acontecido se tivesse sido diferente? Gostaria tanto de ter essa opção, como num jogo sem graça em que pudéssemos escolher os caminhos sabendo no que dariam. Isto é um nível de loucura, certamente. Não este tipo de desejo do senso comum, mas outra mediocridade conhecida que é ficar com a cabeça na opção que descartamos. Em outras palavras: tortura! Não paro de pensar na escolhas. Parece que não as tenho... Qual é o limite da minha irracionalidade? Até que ponto, eu ou nós todos podemos tomar atitudes completamente erradas, explicitamente concientes, em nome de uma força maior que não se explica? É vício! Só pode... Não me agüento. Também há conforto em estar nesta situação ou qualquer outra similar, em que a gente jura que está com meio caminho andado simplesmente por ter conciência dos fatos! E isso ajuda? Ou é mais grave ainda? Os burros sofrem menos? Sou arrogante ao perguntar isso? E eu, sofro menos ou mais? Desconfio de quê ao olhar pra dentro? Que amenizo a situação? De onde vem o que eu sinto realmente? Dos mesmo lugares que saem as banalizações que digo no meu dia a dia, ao cuspir palavras? O quê há por trás? Perguntaria ao meu Deus, que sem dúvida é mulher, fêmea e feminina. Impávida, afoita e destemida. E viva! Mas... um dia F.P. me disse que não acredita Nele, porque se Ele quisesse que acreditássemos com certeza entraria pela porta adentro e diria: "Aqui estou!"
Eu quero SIM um conto de fadas! E de fodas inesquecíveis!!! Bem girlie! Te amo! TE AMO, seu louco envaidecido, varrido e marido. Marido futuro. Quase quero morrer de “GRRRRR”. Quem é esse cara? Eu não sei... "Mentira" (na melodia da música do Chico)...
Desencanta coisa! Nó que não desata. Porque nós que acatamos os nós. Desata loucura sensata! Quero um analgésico que cure a minha dor, sem mais. Quero um conto de fadas, com um príncipe encanado em viver esta história, e eu, mais bela e menos aborrecida.
Eu também "quero a sorte de um amor tranqüilo, com saber de fruta mordida, ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nesta vida e algum remédio antimonotonia."
“ A maioria das coisas que tememos já aconteceu com a gente.”
Pro Dunga, meu amor...
Penso nele, penso em ligar para ele, penso em não dever ligar para ele. Emocionada. A janela está fechada. Chove um pouco lá fora. O quê teria acontecido se tivesse sido diferente? Gostaria tanto de ter essa opção, como num jogo sem graça em que pudéssemos escolher os caminhos sabendo no que dariam. Isto é um nível de loucura, certamente. Não este tipo de desejo do senso comum, mas outra mediocridade conhecida que é ficar com a cabeça na opção que descartamos. Em outras palavras: tortura! Não paro de pensar na escolhas. Parece que não as tenho... Qual é o limite da minha irracionalidade? Até que ponto, eu ou nós todos podemos tomar atitudes completamente erradas, explicitamente concientes, em nome de uma força maior que não se explica? É vício! Só pode... Não me agüento. Também há conforto em estar nesta situação ou qualquer outra similar, em que a gente jura que está com meio caminho andado simplesmente por ter conciência dos fatos! E isso ajuda? Ou é mais grave ainda? Os burros sofrem menos? Sou arrogante ao perguntar isso? E eu, sofro menos ou mais? Desconfio de quê ao olhar pra dentro? Que amenizo a situação? De onde vem o que eu sinto realmente? Dos mesmo lugares que saem as banalizações que digo no meu dia a dia, ao cuspir palavras? O quê há por trás? Perguntaria ao meu Deus, que sem dúvida é mulher, fêmea e feminina. Impávida, afoita e destemida. E viva! Mas... um dia F.P. me disse que não acredita Nele, porque se Ele quisesse que acreditássemos com certeza entraria pela porta adentro e diria: "Aqui estou!"
Eu quero SIM um conto de fadas! E de fodas inesquecíveis!!! Bem girlie! Te amo! TE AMO, seu louco envaidecido, varrido e marido. Marido futuro. Quase quero morrer de “GRRRRR”. Quem é esse cara? Eu não sei... "Mentira" (na melodia da música do Chico)...
Desencanta coisa! Nó que não desata. Porque nós que acatamos os nós. Desata loucura sensata! Quero um analgésico que cure a minha dor, sem mais. Quero um conto de fadas, com um príncipe encanado em viver esta história, e eu, mais bela e menos aborrecida.
Eu também "quero a sorte de um amor tranqüilo, com saber de fruta mordida, ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nesta vida e algum remédio antimonotonia."
“ A maioria das coisas que tememos já aconteceu com a gente.”
Pro Dunga, meu amor...
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Bel por Blush...
Quando eu crescer, quero ser quieta. Calma e calada como os mais sábios. Porque eu não caibo em mim. Quem é essa que teima em me assustar e me dá tanto alento, conforto e segurança? Quantas sou? Quantas fui? Quantas ramificações do mesmo eu? Eu corpo.
Essa inquietude me corrói, me comove, me trai. Quem quiser uma segunda chance chame por mim. Grite pelo meu nome. Sempre defenderei o recomeçar. O mudar. O tentar, mesmo que mil vezes completamente diferentes. Voltar atrás é nobre. Expressar mudanças, esbravejar. E ao esbravejar, o quê coloco para fora? A dor não sai, a dúvida não tem nenhum resquício de lucidez, clareza ou coerência.
Falar, falar, falar, falar falar falar falar falar falarfalarfalarfalarfalarfalaraaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaraaaaaaaaaraaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! Será que minhas palavras são finitas? E se isso for mesmo possível e eu ficar muda aos 34 anos? Será que uma pessoa esgota suas possibilidades? Sorrisos finitos, orgasmos contados, horas de sono (isso inclusive é uma das coisas mais comentadas pelos mais velhos, quantidade e qualidade de sono). Criação. Lágrimas. Chances. Até mesmo vidas, dentro da vida única. Quem é que pode me provar o contrário? Quem é que pode negar? Qual a fórmula da amargura no coração? Acúmulos? Por que quando acontece a amargura é no ano x, na idade e momento x e não há tempos atrás ou hoje ou agora? O coração congela, vira pedra? E a escolha? Existe? Sinto como se nada fosse inerente a mim. Escolho tudo, cada momento, meus passos, respirações e rítmos, tudo lógico. Explicado e adequado para exatamente quem eu iria ser. E hoje sou. (?) Mas como eu poderia saber? E se eu disser que me lembro? Se meus devaneios todos fizerem sentido? Nunca hei de ter provas e isso é o mais emocionante. Isto é a tela em branco que me permite sair do zero e criar qualquer coisa, em forma de..... palavra! Fala. E a saliva se renova e ouço gritarem por meu nome! Dou todas as chances. Sinto que sempre as tenho quando preciso. Quem sou eu para julgar os desafios? Dentro e fora. Estou o tempo todo. Onde sou real? E esse magnetismo sem explicação, que divide meu corpo em dois? Devo escolher um eixo predileto. Mas me gosto toda... Os pés, pequenos, cansados, cheios de nós, me pisam torto o caminho a ser trilhado, em busca de firmeza. É disso tudo que sinto tantas raízes, grossas, profundas e necessariamente incrustadas no chão. E o topo da cabeça, circunferência lotada de demônios que não param de me coroar, é puxado para cima, direto ao ar. Flor que amadureceu... ou não!
Essa inquietude me corrói, me comove, me trai. Quem quiser uma segunda chance chame por mim. Grite pelo meu nome. Sempre defenderei o recomeçar. O mudar. O tentar, mesmo que mil vezes completamente diferentes. Voltar atrás é nobre. Expressar mudanças, esbravejar. E ao esbravejar, o quê coloco para fora? A dor não sai, a dúvida não tem nenhum resquício de lucidez, clareza ou coerência.
Falar, falar, falar, falar falar falar falar falar falarfalarfalarfalarfalarfalaraaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaraaaaaaaaaraaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! Será que minhas palavras são finitas? E se isso for mesmo possível e eu ficar muda aos 34 anos? Será que uma pessoa esgota suas possibilidades? Sorrisos finitos, orgasmos contados, horas de sono (isso inclusive é uma das coisas mais comentadas pelos mais velhos, quantidade e qualidade de sono). Criação. Lágrimas. Chances. Até mesmo vidas, dentro da vida única. Quem é que pode me provar o contrário? Quem é que pode negar? Qual a fórmula da amargura no coração? Acúmulos? Por que quando acontece a amargura é no ano x, na idade e momento x e não há tempos atrás ou hoje ou agora? O coração congela, vira pedra? E a escolha? Existe? Sinto como se nada fosse inerente a mim. Escolho tudo, cada momento, meus passos, respirações e rítmos, tudo lógico. Explicado e adequado para exatamente quem eu iria ser. E hoje sou. (?) Mas como eu poderia saber? E se eu disser que me lembro? Se meus devaneios todos fizerem sentido? Nunca hei de ter provas e isso é o mais emocionante. Isto é a tela em branco que me permite sair do zero e criar qualquer coisa, em forma de..... palavra! Fala. E a saliva se renova e ouço gritarem por meu nome! Dou todas as chances. Sinto que sempre as tenho quando preciso. Quem sou eu para julgar os desafios? Dentro e fora. Estou o tempo todo. Onde sou real? E esse magnetismo sem explicação, que divide meu corpo em dois? Devo escolher um eixo predileto. Mas me gosto toda... Os pés, pequenos, cansados, cheios de nós, me pisam torto o caminho a ser trilhado, em busca de firmeza. É disso tudo que sinto tantas raízes, grossas, profundas e necessariamente incrustadas no chão. E o topo da cabeça, circunferência lotada de demônios que não param de me coroar, é puxado para cima, direto ao ar. Flor que amadureceu... ou não!
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