sexta-feira, 24 de agosto de 2007

COTIDIANO

Entre mim e ele tudo era flerte. O contato por detrás da porta, via olho mágico, flerte. A minha mão enxerida que insistia em mexer na panela o molho que ele fez. Cada implicância, cada impropério... e a partir do momento que o tempo vai passando, vamos juntos, em silêncio, deduzindo a saudade que está por vir. Entre tropeços, mais fome, suor e bocejo, flerte. Nas piscadelas e mastigadas de amor, flerte. Na cama, meu pé que balança logo denuncia insônia, e ele num reflexo de grande intimidade, acaricia meus cabelos como quem diz: eu sei, amor. Eu sei...